Uma linha do tempo alimentada por conforto e tecnologia

A história do acessório que ninguém vive sem, o ar condicionado, vem de muitos anos atrás e muitas evoluções tecnológicas até chegar no sistema moderno que utilizamos hoje. A primeira vez em que se pensou em climatizar ou acabar com uma sensação de frio ou calor, dentro de um veículo, foi nos anos 20, quando em uma corrida Rali na cidade de Monte Carlo, foi preciso perfurar o painel para que o calor do motor aquecesse o motorista.

E, para resolver o problema oposto do calor, o para-brisas descia cerca de 13 mm para refrescar, mesmo que levemente, quem dirigia o automóvel. Quase que um sufoco, não é mesmo?

Por esse motivo, que mesmo com janelas e um sistema de ventilação que trazia ar sujo para a cabine do carro, não foram suficientes, e o sistema teve que ser aprimorado. Algumas tentativas como sistema com dutos ligados em motor de gasolina levavam o ar para ventilar o veículo todo internamente, mas foi só em 1932 que a General Motors trouxe o vapor comprimido (Freon R-12) que fazia o sistema atingir metade do que temos hoje em capacidade.

O primeiro carro que veio de fábrica com um sistema de ar condicionado foi o modelo Packard 180, que apesar de ser muito grande, utilizando parte traseira e a frente do veículo, resolvia o problema por ora. A vontade de evoluir o sistema, além de torna-lo mais compacto, era o fato de seu fluxo ser grande, e não possuir controles dentro do veículo para controle do mesmo, sendo obrigado a desligar o veículo e retirar a correia do compressor para regular.

Packard 180

Foi então que o refrigerante R-134a foi criado com intenções mais sustentáveis, facilitando o sistema de resfriamento. E, em 1954, com um sistema mais compacto e inteligente: compressores com embreagens elétricas, botões de controle e refrigerante sustentável que chegamos mais próximos do que oferecemos hoje em sistema de ar condicionado automotivo.

No Brasil, ele veio a ser conhecido no modelo Aero-Willys Itamarty Executivo, que levava celebridades e políticos na época, sendo uma limusine.

Aero-Willys Itamarty Executivo

Ainda pudemos ver uma atualização de filtros na época do Covid 19, quando eles precisaram passar por tecnologias como as máscaras N95, evitando que o vírus específico da doença fosse puxado para dentro do carro, contaminando seu motorista e passageiros.

É importante lembrar que, assim como os carros de um modo geral, evoluem em tecnologia e conforto, o ar condicionado acompanha, então ainda podemos esperar muitas novidades nesse nicho.

Fonte: Jornal do Carro Estadão

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Ivana Adrogué